Rio Solimões se aproxima da cota de inundação severa em Manacapuru e cheia causa transtornos a moradores

  • 19/05/2025
Em todo o Amazonas, mais de 209 mil pessoas estão sendo afetadas diariamente pelo fenômeno e 20 dos 62 municípios do estado já estão em estado de emergência. Água do Rio Solimões começa a invadir ruas de Manacapuru, no Amazonas O Rio Solimões, em Manacapuru, interior do Amazonas, atingiu o nível de 19 metros neste domingo (18), segundo a régua de medição do porto do município, e está a apenas 60 cm de atingir a cota de inundação severa durante a cheia que no estado em 2025. O maior volume de água, que já causava sérios problemas na zona rural, agora atinge a sede do município. Veja o vídeo acima. Em todo o Amazonas, mais de 209 mil pessoas estão sendo afetadas diariamente pelo fenômeno, direta ou indiretamente, com dificuldades de locomoção, perda de produção rural e inundações dentro das residências. 20 dos 62 municípios do estado já estão em estado de emergência. Historicamente, o processo de cheia na região tem início na segunda quinzena do mês de outubro, com o fim da seca, que em 2024 bateu recordes no estado. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp As águas do rio, que já tinham invadido as áreas dos bairros que ficam à margem do Rio Miriti, agora atingem o centro de Manacapuru. Na principal avenida da cidade, o comércio já se prepara para a continuidade da subida das águas. O empresário Wilson Balby é dono de um restaurante e ampliou a passarela de madeira erguida para dar acesso ao seu estabelecimento. "Ano passado não foi preciso fazer ponte não, a água deu menos, mas esse ano já está bem avançado aqui", afirmou. Na zona rural, a cheia afetou toda região de várzea causando prejuízos para os produtores, que para não perder 100% da produção, enfrentam a água para colher o que podem. "Não tem como dar tempo de colher porque está tudo verde ainda, ai vai tudo pro fundo. Ta todo mundo reclamando porque a enchente está muito rápida", relatou o estivador Francuelho Santos. O comerciante Manoel Cardoso depende da produção rural para abastecer o comércio que mantém no município. Ele lamenta as perdas, que impactam diretamente o seu negócio. "Ta mais difícil agora. Enquanto a vazante não descer e até recuperar o plantio, o agricultor vai sofrer mais", afirmou. Apesar das dificuldades, a previsão do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), apresentada no último mês durante o 2º Alerta de Cheias da Bacia do Amazonas de 2025, é de que o Rio Solimões atinja a marca de 19,63 metros no município até o fim do processo de enchente, que deve ocorrer na primeira quinzena de junho. Cheia dos rios no Amazonas não deve superar recorde histórico em Manaus e outros três municípios, aponta SGB Situação de emergência Desde sexta-feira (16), dois municípios passaram do estado de alerta para emergência conforme a Defesa Civil do Amazonas: São Paulo de Olivença, banhado pelo Rio Solimões, e Jutaí, banhado pelo rio que dá nome ao município e que é um afluente do Solimões. Confira a lista dos 20 municípios que estão em situação de emergência e as medições registradas no sábado (17): Humaitá - Rio Madeira - 22,22 metros Apuí - Rio Madeira - não divulgado Manicoré - Rio Madeira - 27,46 metros Boca do Acre - Rio Purus - 8,73 metros Guajará - Rio Juruá - 7,98 metros Ipixuna - Rio Juruá - 10,38 metros Novo Aripuanã - Rio Madeira - não divulgado Benjamin Constant - Rio Solimões - não divulgado Borba - Rio Madeira - 21,32 metros Tonantins - Rio Amazonas - 16,08 metros Itamarati - Rio Juruá - 19,33 metros Eirunepé - Rio Juruá - 14,01 metros Atalaia do Norte - Rio Solimões - 12,49 metros Careiro - Rio Solimões - 19,32 metros Santo Antônio do Içá - Rio Solimões - 13,72 metros Amaturá - Rio Solimões - não divulgado Juruá - Rio Solimões - 23,40 metros Japurá - Rio Amazonas - 13,15 metros São Paulo de Olivença - Rio Solimões - 14,28 metros Jutaí - Rio Jutaí - 25,32 metros Além dos municípios em emergência: Três estão em estado de atenção; 37 em alerta; e dois em normalidade. 🌧️ Segundo o meteorologista e pesquisador Leonardo Vergasta, dois fenômenos explicam o aumento no volume dos rios em comparação a 2024: O Inverno Amazônico, que traz chuvas acima da média para a Região Norte e deve durar até o fim de maio. O La Niña, que chegou ao fim em abril, mas deixou consequências. “No início de 2025, tivemos a atuação do La Niña, que resfria as águas do Pacífico Equatorial. Isso aumenta a intensidade das chuvas na região. Como coincidiu com nosso período chuvoso, desde fevereiro, toda a bacia amazônica registrou volumes de chuva acima do normal”, explicou o pesquisador. *Com informações de Adauto Silva, da Rede Amazônica Dezenas de municípios do AM enfrentam cheia acima do normal

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/05/19/rio-solimoes-se-aproxima-da-cota-de-inundacao-severa-em-manacapuru-e-cheia-causa-transtornos-a-moradores.ghtml


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